Não há mais como adiar o debate e a necessidade de ações que possam promover uma neoindustrialização e estimular o desenvolvimento sustentado e sustentável no país. O fortalecimento da economia, o aumento do PIB e a geração de empregos qualificados serão consequência desse processo.
Precisamos colocar no centro das preocupações, as missões para um novo ciclo de industrialização, redefinindo o seu papel na rota do crescimento inclusivo e sustentado; bem como as alternativas sobre como enfrentar os desafios e como aproveitar as oportunidades neste novo cenário de transição energética e de economia verde.
O Brasil precisa exercer papel estratégico no processo de transição energética global. O país possui recursos naturais abundantes, primordiais na produção de biocombustíveis e hidrogênio verde. Países europeus veem o Brasil como um parceiro confiável na busca por energia sustentável. O Brasil tem o potencial de se tornar um líder na transição energética global, neste cenário as reformas estruturais são fundamentais.
De outro lado, as políticas públicas focadas no equilíbrio macroeconômicas, com inflação controla, baixas taxas de juros, superávit fiscal aliadas a programas estratégicos de governo, podem contribuir para acelerar o processo de neoindustrialização, especialmente o comentário feito pelo governo a respeito do lançamento para o próximo ano de uma política de depreciação acelerada para incentivar investimentos produtivos.
"O processo de neoindustrialização no Brasil, mais que necessário é urgente, garantirá o crescimento sustentável e sustentado da economia, gerando mais desenvolvimento econômico e mais emprego. O futuro da indústria brasileira e do país será promissor se as ações necessárias forem tomadas para superar os desafios e aproveitar as oportunidades".
Na depreciação acelerada, o governo permite que empresas deduzam de imediato da base de cálculo de tributação investimentos em máquinas e equipamentos, antecipando assim o direito a uso de um benefício que seria usufruído ao longo dos anos. Quando lembramos que temos um estoque de capital insuficiente para cobrir a taxa de depreciação e um parque industrial envelhecido, com uma média de 14 anos nas máquinas e equipamentos, o lançamento da depreciação acelerada, pode ajudar muito no processo de neoindustrialização. Embora o valor e abrangência ainda não tenha sido definido junto ao Ministério da Fazenda e Planejamento, a perspectiva é animadora, na medida em que consideramos a depreciação acelerada como fundamental para o processo de renovação de máquinas, equipamentos e modernização do parque industrial brasileiro.
A reforma tributária também tem importância vital na melhoria das condições de investimento produtivos e ganhos de competitividade indústria, contribuindo para a neoindustrialização. Vai permitir ainda a atração de investimentos em infraestrutura, condição necessária para o crescimento sustentável do país.
O processo de neoindustrialização no Brasil, mais que necessário é urgente, garantirá o crescimento sustentável e sustentado da economia, gerando mais desenvolvimento econômico e mais emprego. O futuro da indústria brasileira e do país será promissor se as ações necessárias forem tomadas para superar os desafios e aproveitar as oportunidades.
* Gino Paulucci Jr. – Engenheiro, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ